quinta-feira, 7 de junho de 2012

Romney is closing in on Obama

Após uma complicada época de primárias, onde Mitt Romney conseguiu selar a nomeação, mas não sem uma grande dose de atritos com os seus adversários e sendo obrigado a encostar-se muito à Direita de forma a conquistar a simpatia e os votos do eleitorado republicano, o ex-Governador do Massachusetts era visto como um claro underdog no frente-a-frente com Barack Obama na eleição geral.
Todavia, Romney tem vindo a recuperar terreno e está, nesta altura, virtualmente empatado com o actual Presidente nas tracking polls da Rasmussen e da Gallup, que seguem o movimento diário dos eleitores norte-americanos. E, nos últimos dias, têm-se acumulado as notícias negativas para Obama, em especial no domínio da economia, que, como se sabe, será o factor decisivo das próximas eleições. Acontece que, últimos indicadores da economia dos Estados Unidos, em especial os números do desemprego, sugerem que a recuperação económica norte-americana está em quebra, com destaque para o aumento da taxa de desemprego, algo que não sucedia há vários meses. Ora, se esta tendência negativa estiver para ficar, então Romney não terá grandes dificuldades em assegurar o lugar na Casa Branca.
A economia pode ser a principal preocupação para a Obama, mas não é a única, já que também no trilho da campanha as coisas não andam a correr de feição para o Presidente. Alguns dos seus principais aliados têm cometido gaffes e proferido declarações que devem ter irritado Obama e os seus principais conselheiros. E se a tendência de Biden para falar demais (recentemente, foi apanhado a fazer comentários sobre a estratégia da campanha, afirmando que lhe tinham sido confiados seis Estados)  já é conhecida, mais estranhas foram algumas declarações de Bill Clinton que defendeu o passado empresarial de Romney e afirmou concordar com a extensão dos cortes fiscais da era Bush, contrariando a posição da Casa Branca.
Também a eleição no Wisconsin de ontem deve ter feito soar os alarmes na sede de campanha de Obama em Chicago. Isto porque, além da óbvia desilusão que acompanha uma derrota para um sempre importante cargo de Governador, as exit polls relativas a esta corrida demonstraram um retrato do eleitorado muito mais parecido com o ciclo eleitoral de 2010, favorável aos republicanos, do que com a onda democrata de 2008.
Ainda assim, Barack Obama tem ainda bastante tempo para cerrar fileiras e corrigir estes contratempos e voltar a ganhar vantagem na corrida presidencial. Até porque se encontra, a meu ver, em posição privilegiada no colégio eleitoral, tendo um caminho  mais favorável para os 270 votos eleitorais necessários para assegurar a Presidência do que Mitt Romney. Mas sobre isso falarei mais detalhadamente num post futuro, quando voltar a fazer o ponto da situação do mapa eleitoral.

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