Depois da loucura da última semana de aulas, espero retomar a laboração em pleno da Máquina Política, até porque já tenho algumas saudades de escrever sobre o "maior espectáculo do mundo", como, em tempos, um comentador deste espaço aqui descreveu a dinâmica da política dos Estados Unidos da América. Entre trabalhos e frequências para o mestrado e o emprego em full time, pouco tempo me sobrou para comentar o que de mais importante se vai passando no país do Tio Sam, cuja agenda mediática continua marcada pelo inenarrável escândalo Weiner. Ainda assim, outros temas também merecem uma breve menção.
Em relação à luta pela nomeação presidencial republicana, as atenções estiveram focadas no colapso da campanha de Newt Gingrich, que viu a maioria do seu staff (alguns deles estavam já há vários anos ao lado do antigo speaker) demitir-se em bloco, devido, alegadamente, à excessiva influência da esposa de Gingrich na gestão da campanha e à decisão de Newt em passar as duas últimas semanas num cruzeiro, como havia prometido à sua mulher. Se as hipóteses de Newt Gingrich ser o nomeado pelo GOP eram já reduzidas, depois disto ficam praticamente reduzidas a zero, visto quer será muito difícil ao político do Estado da Georgia voltar a montar uma estrutura capaz de o ajudar a encetar uma miraculosa recuperação.
Entretanto, voltaram a circular novos rumores relativamente ao futuro de Hillary Clinton, que já revelou publicamente a sua vontade em não servir um eventual segundo mandato no Departamento de Estado. Desta vez, o cargo falado foi o de Presidente do Banco Mundial, facto prontamente desmentido por fontes próximas da Secretária de Estado. Seja como for, a verdade é que uma experiência deste género seria bastante aliciante tendo em conta uma possível candidatura de Hillary à presidência em 2016, proporcionando-lhe experiência na sempre fulcral área económica e financeira, depois de ter passado pela Casa Branca, pelo Senado e pelo Departamento de Estado. Seria, sem dúvida, um currículo impressionante e impossível de igualar por qualquer adversário.
Finalmente, e depois de muito tempo de espera, foram divulgados cerca de 24 mil emails de Sarah Palin enquanto Governadora do Alasca. Apesar da enorme ansiedade dos meios de comunicação social norte-americanos, sempre ávidos de assuntos relacionados com Palin, a montanha pariu um rato, já que entre os milhares de emails não surgiu nenhuma "bomba", escândalo, ou polémica. Pelo contrário, e segundo o que tenho lido, os correios electrónicos fazem transparecer uma imagem positiva da antiga Mayor de Wasilla, não obstante as suas múltiplas questiúnculas e conflitos com os media. Palin pode ver neste ciclo de notícias favorável (uma novidade) uma janela de oportunidade para ponderar seriamente uma candidatura presidencial. Contudo, quando se trata de Sarahcuda, é sempre difícil fazer previsões.
Simplesmente horrível a violação de privacidade a que Sarah Palin foi sujeita...
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