Barack Obama e Joe Biden mantiveram sempre, ao longo dos seus oito anos em conjunto na Casa Branca, uma excelente relação, tanto pessoal como profissional. A química entre os dois foi evidente e permitiu uma convivência pacífica e sem os atritos que marcaram outras relações entre Presidente e Vice-presidente na história da política norte-americana.
Apesar de Biden ter sido o seu Veep e de serem amigos, Obama não quis nunca ser visto como a intrometer-se na decisão das primárias do seu partido, muito menos a declarar o seu favorecimento a qualquer candidato, nomeadamente ao seu antigo vice. Chegaram mesmo a circular alguns rumores que davam a entender que Obama não via Joe Biden como a pessoa mais indicada para fazer face a Trump e que não estava impressionado com a campanha do antigo senador do Delaware.
Mas, agora que Joe é o presumível nomeado do Partido Democrata, Obama não tinha por que se manter na rectaguarda e veio, num vídeo divulgado hoje, anunciar publicamente o seu apoio a Biden, deixando um claro contraste para com Donald Trump e apontando para o extenso currículo do seu antigo running mate.
Ao alcançar a nomeação, Joe Biden "liberta", assim, um dos seus mais poderosos trunfos na campanha que se avizinha, pois Barack Obama conta com bons níveis de popularidade entre os norte-americanos, é um orador de excelência e será importante na mobilização do eleitorado democrata, em especial o afro-americano, o que poderá ser decisivo em Novembro. Nessa altura, veremos se o apoio de Obama fez ou não a diferença na luta pela Casa Branca.
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