Ao entrarmos nos dois últimos anos do segundo e final mandato de Barack Obama na Casa Branca, é altura de se começar a perceber qual será o legado do 44º Presidente dos Estados Unidos. É certo que é ainda muito, muito cedo para ser clara a forma como a História julgará Obama. Contudo, é certo que o primeiro afro-americano a ocupar a Sala Oval deixará uma forte marca através da sua presidência.
A reforma do sistema de saúde norte-americano constituirá, quase de certeza, o seu maior feito, mas a presidência de Obama tem vários outros destaques. O lançamento da recuperação económica norte-americana merece o primeiro plano, mas a legalização de milhões de imigrantes ilegais, a (tímida) reforma de Wall Street, a nomeação de duas mulheres (uma delas hispânica) para o Supremo Tribunal, a retoma das relações diplomáticas com Cuba, a eliminação de Bill Laden e a melhoria da imagem dos Estados Unidos no mundo também têm lugar na lista de principais feitos da Administração Obama.
Por outro lado, Barack Obama falhou rotundamente naquela que foi, porventura, a sua principal promessa eleitoral: 6 anos depois da sua eleição, o ambiente política em Washington está mais polarizado do que nunca e democratas e republicanos são incapazes de chegar a qualquer tipo de compromisso. Além disso, na frente externa, e apesar de Obama ter retirado as tropas norte-americanas do Iraque e do Afeganistão, o Médio Oriente continua um barril de pólvora e a emergência do Estado Islâmico pode obrigar a um regresso das forças armadas dos Estados Unidos à península arábica. E Guantánamo continua em funcionamento...
Este é apenas um pequeno resumo dos principais destaques da presidência de Obama, sendo certo que, daqui a dois anos, será ocasião de aprofundarmos este assunto. Seja como for, este texto serviu como prelúdio para apresentar um artigo da New York que nos mostra um testemunho de 53 historiadores sobre o legado de Barack Obama. Vale a pena ler.
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